Além de proteger, o protetor solar garante melhor desempenho. Isto não sabiam, vocês!
As marcas de sol nas pernas e nos braços dos ciclistas
são tão registadas quanto as pernas depiladas. A exposição ao sol faz parte da rotina de quem pedala.
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Menos
rotineiro, o uso de protectores solares. Apesar das
advertências sobre os riscos para a saúde, pedalando, a nossa pele é bombardeada por uma quantidade muito grande de raios
ultravioleta, cujos efeitos são as rugas precoces, manchas no rosto e
nos braços e, em último caso, o câncer da pele.
O protetor solar ainda não é encarado como item básico pelos
ciclistas, nem mesmo agora, com o verão. Aliás, não apenas
pelos ciclistas. Uma pesquisa divulgada pelo Centers for Disease Control
(Centro de Controle de Enfermidades) revelou que apenas 30% da
população mundial utiliza protetor solar regularmente.
Mas, no
caso dos atletas da bike é diferente, este vá lá descuido é ainda mais
preocupante, uma vez que os ciclistas assíduos tendem a absorver até 20
vezes mais os raios ultravioletas ao longo da vida.
Isso porque, nas
estradas, geralmente não há árvores nem sombras naturais, o que
praticamente os expõe ao sol. Daí a exigência de atenção
redobrada nos passeios e competições ao ar livre.
Mas se o apelo
da preocupação com a saúde não é suficiente para convencer a correr
com proteção adequada, que tal pensar no assunto sob o aspecto do
desempenho?
Vocês sabiam que um atleta que fica exposto a altas
temperaturas por muito tempo sofre uma considerável queda de rendimento?
Segundo o um estudo de uma universidade dos USA, nestas condições a temperatura
corporal começa a aumentar, provocando desgaste físico e uma série de
sintomas. "Há possibilidade de tonturas, causadas pela desidratação, e
dificuldades para respirar, além do risco de queimaduras, que geram um
desconforto considerável", adverte o mesmo.
A exposição excessiva ao sol
pode gerar muitos danos agudos (leia-se fotoenvelhecimento, ou aspecto
envelhecido da pele nas mãos e pescoço, como manchas escuras ou claras, e
o risco maior de infecções) como danos crônicos (rugas, flacidez e
câncer de pele).
Em 2010, na Volta a Portugal, os ciclistas responderam
a um questionário elaborado pela Associação Portuguesa de Cancro
Cutâneo (APCC).
O resultado mostrou que 78% dos atletas treinavam entre
as 11 horas e às 17 horas, o chamado horário de pico do sol, e que 64%
deles já haviam sofrido algum tipo de queimadura no decorrer dos
treinos e competições.
O que fazer se o treino neste período
do dia faz parte da rotina dos atletas e andar de bicicleta pressupõe
um contato muito próximo com o sol? O mesmo estudo recomenda a escolha de
um produto com Fator de Proteção Solar (FPS) no mínimo 30, que
teoricamente multiplica por 30 a resistência ao sol da pessoa na qual
ele é aplicado.
Ou seja, se normalmente levaria cinco minutos para
ficar com a pele avermelhada ao sol, passará a levar duas horas e
meia para se queimar da mesma forma, se estiver devidamente besuntado
com um protetor desse tipo. “O valor do FPS se refere à defesa contra os
raios UVB (mais relacionados ao câncer da pele) e contra os raios UVA,
que causam envelhecimento precoce. A escolha do fator, no entanto, vai
de acordo com necessidade do momento”, voltou a referir o estudo.
Portanto já sabem com sol há que por o protetor solar, tão ou mais importante que hidratar e comer!